Morte do Papa Francisco: Sua última aparição e a sombra de seu sucessor
Última aparição pública
Ele foi o primeiro papa não europeu e o primeiro jesuíta a ascender ao trono de Pedro. Eleito em 2013, marcou seu pontificado com um compromisso com os mais vulneráveis, com a ecologia e com o diálogo inter-religioso. Sua morte ocorreu um dia após sua última aparição pública na bênção da Páscoa, no domingo, 20 de abril de 2025, onde ele apareceu enfraquecido, proferindo sua solene bênção Urbi et Orbi na sacada central da Basílica de São Pedro.
Raízes italianas e uma família enraizada na Argentina
Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio era filho de imigrantes italianos. Seus pais, Mario José Bergoglio e Regina María Sivori, deixaram a Itália para ir para a Argentina na década de 1920, fugindo das dificuldades econômicas de seu país natal. Essa dupla cultura influenciou fortemente a visão do futuro papa, misturando tradição europeia e identidade latino-americana.
Um Papa próximo dos fiéis e ligado às suas raízes
O Papa Francisco se tornou o primeiro pontífice do continente americano e o primeiro jesuíta a ocupar esse cargo. Fiel aos seus valores, ele manteve seu estilo de vida simples e continuou a afirmar a importância da humildade e da proximidade com os fiéis. Seu apego à família, às tradições populares e à justiça social são todos indicadores que explicam sua popularidade e influência pelo mundo.
A jornada do Papa Francisco foi marcada por experiências pessoais e escolhas corajosas. Do seu amor decepcionado ao seu compromisso religioso e suas raízes familiares, cada passo contribuiu para moldar o homem que personificava “uma mensagem de compaixão e humanidade”.
O que sabemos e o que não sabemos sobre seu sucessor
O processo de eleição do sucessor do Papa Francisco começará em breve. O conclave, reservado para cardeais eleitores com menos de 80 anos, começará em 15 dias, no mínimo. Reunidos na Capela Sistina, os cardeais procederão a uma votação secreta. Para ser eleito, um candidato deve obter maioria qualificada de dois terços. Nenhum favorito surgiu ainda, e os debates se concentrarão no futuro da Igreja em um contexto de grandes desafios sociais, geopolíticos e espirituais.