Casos de preconceito contra atletas cresceram 40% nos estádios brasileiros em 2022
Observatório de Discriminação Racial no Futebol verificou aumento nas situações de racismo em comparação com 2021; ofensas homofóbicas dispararam ainda mais.O caso Vinícius Junior acendeu um alerta em praticamente todo o mundo contra manifestações de preconceito contra atletas nos campos de futebol. No entanto, as ofensas não ocorrem apenas na Europa, mas também no Brasil – e têm aumentado nos últimos anos. Além disso, não se tratam apenas de racismo, mas também de homofobia.
Segundo um levantamento do Observatório da Discriminação Racial do Futebol, o Brasil viveu um aumento no número de ocorrências de racismo no ano passado. Em 2021, o Observatório registrou 64 situações de racismo. Já em 2022, foram comprovadas 90 situações – um aumento de 40%. A alta se dá porque os atletas têm tomado consciência da necessidade de se fazer denúncias contra as ofensas.
“O jogador de futebol compreendeu que aquilo que acontece em campo, que ele dizia que deveria morrer em campo, ele já entende que isso é crime, que o racismo é crime, não pode morrer em campo e precisa ser denunciado”, diz Marcelo Carvalho, diretor-executivo do Observatório.