Não é o Coronavírus, mas mata: Raiva animal – ITAPICURU FM 104,9

Não é o Coronavírus, mas mata: Raiva animal

Com o aparecimento do Coronavírus e sua ampla exposição mundial, outras situações de vida e morte humana e animal, desapareceram da mídia; embora continuem existindo.

Recentemente, surgiram comentários sobre e existência de animais que estariam infectados pelo vírus da raiva animal em alguns municípios da região, entre eles Ponto Novo.

Acionada, a ADAB(agência de defesa animal da Bahia)/Senhor do Bonfim, fez a coleta e monitoramento na região, concluindo que de fato houve uma morte de animal causado pelo vírus da raiva no município de Filadélfia.

Em passado recente era comum a existência de raiva animal em cães e gatos; o cão infectado, se tornava um animal feroz e agressivo, até mesmo com seus donos, eram os chamados e temidos “cachorros doidos”, que eram caçados e abatidos. Com as campanhas de vacinação, isto praticamente deixou de existir.

A Rádio Itapicuru FM de Ponto Novo buscou maiores informações com profissionais da área para repassar ao conhecimento da população o que é a raiva animal e suas consequências e relações com os humanos. Através do sr. Artur Paiva, conhecido comerciante de produtos veterinários, proprietário da Comercial Pé do Morro e parceiro desta emissora, obtivemos mais informações que abaixo transcrevemos.

O que é a raiva animal?

A raiva é uma zoonose causada por um Rabdovirus neurotrópico, sendo suscetíveis em todos os mamíferos. Apresenta distribuição geográfica abrangente, lesões e sintomas de excitação e paralisia de diversas naturezas e sempre fatal.

Entre os sintomas mais visíveis estão o andar cambaleante, mugido constante, falta de apetite e salivação intensa até a morte, que ocorre em até 10 dias. 

A raiva é uma doença endêmica na América do Sul, a doença é passada de um animal para outro, ou para um humano, pelo contato com a saliva através de mordida, arranhões, lambida em feridas abertas ou mucosas, são poucos os casos de cura registrados por isso, a importância de atitudes preventivas, como a vacinação.

Como ela pode chegar a outros animais e ao ser humano?

– Os morcegos são animais de hábitos noturnos. Quando encontrados caídos ou voando durante o dia, podem estar doentes, com o vírus da raiva.

– O contato direto com morcegos por toque, arranhões ou mordidas é grave. Caso isso aconteça, procure a unidade de saúde mais próxima.

– É importante a vacinação em todos os animais, mesmo para animais idosos.

No caso de sofrer qualquer tipo de agressão por animais mamíferos:

– Lave o ferimento imediatamente com água corrente e sabão.

– Procure rapidamente uma unidade de saúde.

-Faça o tratamento quando for indicado sem faltar às vacinações.

– No contato com morcego (lambedura, mordedura ou arranhão), ou no caso de acordar com o animal caído dentro do quarto de dormir, procure o serviço de Saúde para avaliação do caso.

O que diz o profissional do ramo?

Dr Helcio Alves de Souza, Veterinário, com larga experiência profissional e convivência por décadas em nossa região, trabalhou na extinta Ematerba, teve loja de produtos veterinários em Senhor do Bonfim e foi gerente regional da Adab, tomando conhecimento da atual situação, postou o texto a seguir num outro grupo.

“A raiva é endêmica na região do piemonte norte do itapicuru. O primeiro grande surto desta doença foi diagnosticado laboratorialmente, em 1978, na serra da carnaíba ( Pindobaçu).
Posteriormente a doença se espalhou por todo território.  Um abrangente trabalho de educação sanitária e uma ampla campanha de vacinação e controle de morcegos hematófagos foi patrocinada pela Emater-ba , resultando no controle da doença através de vacinação sistemática do rebanho regional. Ultimamente, pontos isolados de casos positivos pra doença, demonstram o “esquecimento” desta realidade por Parte dos criadores”.

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