Pesquisa Ipec aponta Lula com 44%, Bolsonaro, 32%, Ciro, 7%, e Tebet, 3%
Com 44% das intenções de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a disputa pelo Palácio do Planalto. Ele é seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 32%. Os números são da pesquisa eleitoral para presidente divulgada pelo Ipec (ex-Ibope) nesta segunda-feira, 29.
Ainda segundo o Ipec, Ciro Gomes (PDT) tem 7% e Simone Tebet (MDB) tem 3%. Felipe D’Avila (Novo) tem 1%.
Brancos e nulos somam 7% e 6% não sabem ou não responderam.
Essa é a primeira pesquisa voltada para a eleição presidencial realizada pelo Ipec após o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão e as sabatinas do Jornal Nacional, da TV Globo. O último levantamento havia sido divulgado no dia 15 de agosto.
Na última pesquisa do Ipec, Lula aparecia com 44% dos votos e Bolsonaro com 32%. Ciro Gomes (PDT) tinha 6% e Simone Tebet (MDB), 2%.
Contratada pela TV Globo, a pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 28 de agosto e entrevistou 2000 eleitores presencialmente. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01979/2022. A pesquisa tem 2 pontos de margem de erro para cima e para baixo.
Rejeição
Jair Bolsonaro (PL), tem 47% de rejeição, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 36%, aponta pesquisa Ipec. Já o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece com 18% de rejeição.
Segundo a pesquisa, a rejeição de Bolsonaro oscilou 1 ponto porcentual para cima dentro da margem de erro em relação à pesquisa anterior, do dia 15 de agosto. Já a de Lula aumentou três pontos porcentuais.
Debate
A pesquisa Ipec foi realizada ao final da segunda semana de campanha, marcada pelo primeiro debate presidencial, que ocorreu neste domingo (28), na TV Band, e pela sabatina dos quatro candidatos melhor colocados nas pesquisas na TV Globo. O levantamento também aconteceu depois das primeiras aparições dos candidatos no horário eleitoral gratuito.
O primeiro debate foi marcado por tensão dentro e fora do estúdio. A radicalização no cenário político recente fez com que o evento não tivesse a presença de plateia. Mesmo assim, a hostilidade marcou a noite, com ataques do presidente Bolsonaro à jornalista Vera Magalhães e briga entre bolsonaristas e petistas na sala onde estavam os convidados das campanhas.
O clima do debate também deu o tom nas redes sociais, onde apoiadores do presidente usaram rebateram as críticas que o chefe do Executivo recebeu. O movimento apareceu nos trending topics do Twitter com a hashtag #MulheresComBolsonaro, em oposição a uma ofensiva de aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deram eco ao posicionamento de que o presidente é agressivo contra o público feminino.
Para colunistas e jornalistas do Estadão que acompanharam a transmissão e analisaram a atuação dos concorrentes, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) ganharam destaque no debate, que pode aumentar a exposição das candidatas em relação ao eleitorado que não as conhece.