Edmundo nega que a distância com o filho seja porque ele é gay: ‘Tenho diversos amigos’
O ex-jogador e comentarista Edmundo desabafou novamente sobre a relação que tem com o filho mais velho, o cineasta Alexandre Mortágua, 25 anos, fruto de uma rápida relação com ex-modelo Christina Mortágua. Segundo ele, mesmo tendo o mesmo sentimento de amor pelo filho como tem pelos outros, não encontrou em Alexandre abertura para que se reaproximassem.
“É muito ruim você se indispor com alguém, sem ser diretamente. Eu tive uma história muito rápida com a mãe do Alexandre (Christina Mortágua) em termos de afinidade e afetividade. Num momento em que minha carreira estava em ascensão. Depois que o Alexandre nasceu, eu joguei na Itália, no Japão, Belo Horizonte e Florianópolis e não consegui muito ver o crescimento dele”, disse Edmundo durante uma entrevista ao jornalista Felipeh Campos pelo IGTV.
Edmundo conta na conversa que, quando voltou a morar no Rio de Janeiro, Christina já tinha colocado mais de 30 processos em cima dele: “Mas isso é irrelevante, mas vai afastando. E aí, quando voltei para o Rio, Alexandre era um homem e eu não consegui me aproximar. Não sou assim um pai maravilhoso para ele. Porque eu trabalho, viajo e gosto de fazer as minhas coisas. Mas sempre encontrei resistência. Eu o amo igual os meus outros filhos. Mas os outros filhos vem na minha casa no dia dos pais, no Natal, no meu aniversário, me mandam mensagens”.
O jogador negou que a distância com o filho seja porque ele é assumidamente gay. “Eu tenho diversos amigos homossexuais, muitos deles famosos. E eu não tenho nenhum problema com isso. Até porque é a ideia de cada um. É algo particular. Na vida, a gente tem que ser homem e ter respeito aos mais velhos. E isso é independente da relação sexual. E isso que tento passar para o Alexandre. Tentei passar há dez anos, quando a mãe dele teve um problema com a polícia e a juíza queria que eu tivesse a guarda dele. E ele pediu para ficar com a avó, porque tinha mais afinidade com ele”, relembra Edmundo: ‘E a juíza mandou que fizéssemos terapia juntos. Essa questão da sexualidade veio. Mas para mim isso não tinha importância. Nós já eramos distantes desde que ele nasceu. Não pude exercer meu poder de pai, porque eu joguei fora e precisava construir a minha vida”, disse.
Alexandre só foi reconhecido pelo pai, Edmundo, depois de um teste de DNA. Há nove anos, ele não tem contato com o ex-jogador. No ano passado, ele lançou seu primeiro documentário, “Todos nós cinco milhões”, exatamente sobre histórias de filhos abandonados pelo pai – e negou que era uma “indireta” ao pai. Ele já tem outro projeto de filme em mente. Desta vez, sobre a luta pelos direitos das pessoas trans.
Venda de geleias
Em julho, Alexandre Mortágua voltou a comentar sobre a repercussão da notícia de que ele estava estava fazendo geleias para vender para conseguir pagar as contas durante a quarentena.
“O negócio está ótimo dentro dos limites do que pode uma empresa que tem duas semanas de existência (risos); mas tem sido interessante acompanhar o que as pessoas têm dito das minhas geleias. Minha vida parece incomodar mais do que o abandono paterno que eu sofri”, disse, na época, o filho de Edmundo ao site “gay.blog.br”.