Valor do novo Bolsa Família é decisão de Bolsonaro e haverá espaço fiscal, diz ministro João Roma
Há cinco meses no cargo, o ministro da Cidadania, João Roma, comanda a pasta responsável por botar na rua um dos maiores trunfos de Jair Bolsonaro para estancar sua queda de popularidade e cacifá-lo à reeleição em 2022: o novo Bolsa Família, rebatizado de Auxílio Brasil. Em entrevista ao GLOBO, Roma deixou nas mãos do presidente a definição sobre o valor do benefício, ainda em estudo, e deu um recado: cabe à equipe econômica encontrar a maneira de satisfazer os desejos do chefe do Executivo.
O Bolsa Família é um programa amplamente reconhecido, funciona há décadas. A mudança de nome não é uma medida eleitoreira?
Não se trata do mesmo programa. É um avanço do que ocorria até então em matéria de política de renda para a população, reúne outras ferramentas. Não é apenas a embalagem mudando.
O presidente também vem apresentando valores diferentes. Segundo ele, o aumento será de pelo menos 50%. Dá para prometer que será de pelo menos 50%?
O presidente do Brasil se chama Jair Messias Bolsonaro. Se o presidente declarou que vai ter um aumento de mais de 50%, tenho certeza que o governo vai encontrar espaço fiscal para isso. O fortalecimento da política de assistência social seguirá de mãos dadas com a responsabilidade fiscal.
Na entrevista completa exclusiva para assinantes do GLOBO, João Roma não descarta candidatura em 2022 ao governo da Bahia e diz que o desfile de tanques na Esplanada dos Ministérios não foi afronta ao Congresso.