Jovem é assassinado “por olhar para suspeito”; família pede justiça
A família do jovem Willy Novais Andrade, de 20 anos, pede justiça após o rapaz ser assassinado, em Serrolândia, localizado a 316 km de Salvador, por motivo banal. Ao BNews, a irmã da vítima, Queilliane Novais, contou nesta quinta-feira (3) que o jovem foi morto a tiros próximo à casa da avó da namorada
Ainda de acordo com a irmã, ele estava junto com a namorada e a sogra, sentado em um barzinho da cidade, no domingo (30), por volta das 22h. Em determinado momento, a namorada precisou ir ao banheiro, mas o do estabelecimento estava com fila. Eles decidiram ir para a casa da avó da moça que era próxima ao local. Ao se aproximar da moradia, o suspeito, que estava subindo em direção contrária, perguntou à Willy por que o estava encarando, sacou a arma e atirou três vezes em direção a vítima.
A jovem contou que o suspeito não correu e saiu do local andando e olhando para trás. Ele ainda não foi preso. Pessoas que presenciaram o crime tentaram ajudar levando o rapaz para o hospital local, mas o hospital Jonas Ferreira da Silva não tinha recursos para fazer a transfusão de sangue, já que o rapaz perdeu boa parte depois dos tiros. O jovem foi transferido para Salvador em uma ambulância, com a enfermeira do hospital de Serrolândia, mas, durante o caminho, foi constatado a morte no hospital municipal de Riachão.
Em conversa ao BNews, o delegado da cidade de Serrolândia, Cesar Romero, explicou que um inquérito policial foi instaurado e medidas preliminares foram adotadas. “Estou ouvindo pessoas que estavam no local, na hora do fato. Já foi feito um pedido de prisão preventiva e enviado ao juiz”. O delegado ainda explica que o suspeito é uma pessoa perigosa, já tinha sido feito outro inquérito, no dia 9 de julho, sobre violência doméstica e familiar, pois o rapaz agrediu a companheira, sendo enquadrado na lei Maria da Penha. “Crime sem motivação aparente, um crime covarde. A vítima era de família tradicional da cidade, querida por todos”, finalizou.
Na segunda (1º), moradores e familiares fizeram uma manifestação pacífica pedindo justiça.