E será que o Canal do Sertão agora vai? No sertão, o otimismo é forte
Jerônimo levou a Brasília, no pacote de pedidos, um que fala forte aos baianos do Semiárido, a área mais seca do estado, o projeto do Canal do Sertão. É aquela obra que todo mundo é a favor desde sempre, mas não acontece.
Trata-se de um canal de 300 quilômetros de extensão, começando em Juazeiro e passando por 44 municípios. Foi idealizado por Lula, como compensação baiana do projeto de transposição, que seguiu no rumo norte, mas empacou cá por conta, na época, da greve de fome desencadeada por Dom Luís Cappio, bispo de Barra. O governo de Bolsonaro até autorizou a realização do projeto básico, ainda em andamento. Conforme Jerônimo, se tudo correr como previsto, as obras começarão no segundo semestre de 2024.
Ajustes —Antes de Jerônimo embarcar para Brasília a fim de tratar do assunto, anteontem, Flávio Henrique, o superintendente de Recursos Hídricos do estado, reuniu-se com as lideranças que historicamente defendem a obra para coletar subsídios.
O canal vai se conectar com as bacias dos rios Salitre, Tourão-Poções, Itapicuru e Jacuípe, começando em Juazeiro e terminando em Várzea da Roça.
Na trajetória uma população de 1,2 milhão de pessoas, da qual mais de 90% serão diretamente beneficiados, incluindo mais de 70 mil agricultores entre grandes e pequenos, além de gerar 45 mil empregos com a construção da obra em si.
Zé do Povo (UB), prefeito de Ourolândia, diz que há um consenso regional:
— Para nós, isso é muito mais que obra. É revolução.