E Rui Costa vai se impondo como a liderança mais forte dos baianos
Diz Jaques Wagner que não curte essa de passar o poder e ficar por trás tentando manipular, por isso quando passou o bastão para Rui Costa, após governar a Bahia por oito anos, antecipou a regra posta: toma lá que a bola é tua.
Cumpriu a rigor. Depois de Rui governador ele manteve-se equidistante da ideia de parecer uma sombra, mesmo quando foi secretário do próprio Rui no primeiro governo.
Mais que isso, agora em mais um capítulo do mesmo caso Jaques Wagner até quis permanecer senador, deixando para Rui, como futuro ministro da Casa Civil da Presidência já anunciado, o protagonismo que o torna o político mais cacifado da política baiana no momento. A questão: Rui Costa vai fazer o mesmo com Jerônimo?
Vencedor —Ontem, na confraternização de fim de ano com jornalistas, Adolfo Menezes (PSD), presidente da Assembleia já declarado candidato a reeleição, disse não ter dúvida de um fato sobre um fato:
— O grande vitorioso deste ano foi Rui Costa, sem sombra de dúvidas.
Pois sim. Rui ministro forte lá cria um clima positivamente favorável para a governança baiana. Com a vantagem de que Jerônimo é vencedor com as bençãos dele e de Lula. A questão é saber se Jerônimo terá a autonomia que Rui teve com Jaques Wagner.
Na bolsa de apostas dos governistas prevalece a tese de que tudo flui quase maravilhosamente bem. Quase porque sempre há, como agora, a disputa por espaços entre aliados. Mas dá para chegar confortável em 2026.